Por Dr. Allan Marcio
Com o aproximar das eleições de 2012, começa o fervilhar das “articulações” políticas e palanquistas no republicano jogo do poder na caça aos votos do desconfiado eleitorado municipal.
O grande desafio dos “políticos” nesta perspectiva é criar as condições para que se passe da defesa dos interesses particulares para a construção e a defesa do interesse geral por direitos e, não apenas por “poderes”.
Então, será que nossos pretensos “prefeituráveis” saberão executar os conceitos de “interesses gerais” das funções administrativas com planejamento, organização, comando, controle e avaliação através de um Plano de Governo factível e não demagógico?
Ou, indo um pouco mais fundo, será que os candidatáveis estarão realmente preocupados e preparados em promover uma gestão pública de excelência, visando contribuir para a qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão e para o aumento da qualidade de vida do sarandiense?
Essas serão algumas das muitas outras perguntas que deverão nortear o poder de escolha do eleitor durante as campanhas políticas iniciadas para, num futuro próximo, não se arrepender e sofrer amargamente o erro de ter escolhido errado, novamente, seu representante.
Sendo assim, não basta ser “Gestor”, é preciso, urgentemente, fazer com que os pretensos candidatos entendam, de uma vez por todas, o peso da responsabilidade de “administrar” com mínimo capital técnico e político uma cidade complexa como Sarandi.
Neste cenário, uma gestão pública precisa não esquecer, acima de tudo, ser ética, participativa, descentralizada, com controle social e orientada para o cidadão, combatendo, exemplarmente, qualquer tipo de desvio de finalidade contra o bem público.
Entretanto, que “novo olhar” a sociedade organizada tem feito a favor da “educação eleitoral” do cidadão sobre os duvidosos caráteres dos futuros “administradores” públicos para não enxergar o “poder” como um fim em si mesmo, mas como um meio democrático de disseminar a justiça social?
Para tanto, é preciso retomar o debate sobre a “qualidade do voto” como espaço de participação democrática sob a perspectiva de que todos os que “votam” são co-responsáveis, também, pela gestão e administração dos problemas de sua cidade.
Portanto, trata-se de um processo de formação continuada do cidadão, aquele membro da comunidade que, nas palavras de Aristóteles, “… deve ter os conhecimentos e a capacidade indispensáveis tanto para governar, quanto para ser governado”.
Enfim, o cidadão não deriva de uma imposição da natureza, da força ou do direito ao voto, mas é produto de um processo educacional, de uma construção consciente, quer dizer, o cidadão educado é ao mesmo tempo um educador no processo dialético de aprimoramento da sua capacidade de escolher bem seus representantes.
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