quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Foi preciso um argentino defender Lula em Paris

  Escravocratas contra Lula

Por Martín Granovsky, do jornal argentino Página 12, no blog Viomundo:

Podem pronunciar “sians po”. É, mais ou menos, a fonética de ciências políticas. Basta dizer Sciences Po para aludir ao encaixe perfeito de duas estruturas, a Fundação Nacional de Ciências Políticas da França e o Instituto de Estudos Políticos de Paris.

Não é difícil pronunciar Sians Po. O difícil é entender, a esta altura do século 21, como as ideias escravocratas continuam permeando a gente das elites sul-americanas.

Hoje à tarde, Ruchard Descoings, diretor do Sciences Po, entregará pela primeira vez o doutorado Honoris Causa a um latino-americano: o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio “Lula” da Silva. Falará Descoings e falará Lula, claro.

Para bem explicar sua iniciativa, o diretor convocou uma reunião em seu escritório da rua Saint Guillaume, muito perto da igreja de Saint Germain des Pres, em um prédio de onde se pode ver as árvores com suas folhas amareladas. Enfiar-se na cozinha é sempre interessante. Se alguém passa por Paris para participar de duas atividades acadêmicas, uma sobre a situação política argentina e outra sobre as relações entre Argentina e Brasil, não fica mal entrar na cozinha do Sciences Po.

Pareceu o mesmo à historiadora Diana Quattrocchi Woisson, que dirige em Paris o Observatório sobre a Argentina Contemporânea, é diretora do Instituto das Américas e teve a ideia de organizar as duas atividades acadêmicas sobre Argentina e Brasil, das quais também participou o economista e historiador Mario Rapoport, um dos fundadores do Plano Fenix faz 10 anos.

Naturalmente, para escutar Descoings foram chamados vários colegas brasileiros. O professor Descoings quis ser amável e didático. O Sciences Po tem uma cátedra sobre o Mercosul, os estudantes brasileiros vem cada vez mais à França, Lula não saiu da elite tradicional do Brasil, mas chegou ao nível máximo de responsabilidade e aplicou planos de alta eficiência social.

Um dos colegas perguntou se era o caso de se premiar a quem se orgulhava de nunca ter lido um livro. O professor manteve sua calma e deu um olhar de assombrado. Quiçá sabia que esta declaração de Lula não consta em atas, embora seja certo que Lula não tem um título universitário. Também é certo que quando assumiu a presidência, em primeiro de janeiro de 2003, levantou o diploma que é dado aos presidentes do Brasil e disse: “Uma pena que minha mãe morreu. Ela sempre quis que eu tivesse um diploma e nunca imaginou que o primeiro seria de presidente da República”. E chorou.

“Por que premiam a um presidente que tolerou a corrupção?”, foi a pergunta seguinte.

O professor sorriu e disse: “Veja, Sciences Po não é a Igreja Católica. Não entra em análises morais, nem tira conclusões apressadas. Deixa para o julgamento da História este assunto e outros muito importantes, como a eletrificação das favelas em todo o Brasil e as políticas sociais”. E acrescentou, citando o Le Monde: “Que país pode medir moralmente a outro, nos dias de hoje? Se não queremos falar sobre estes dias, recordemos como um alto funcionário de outro país renunciou por ter plagiado a tese de doutorado de um estudante”. Falava de Karl-Theodor zu Guttenberg, ministro da Defesa da Alemanha até que se soube do plágio.

Disse também: “Não desculpamos, nem julgamos. Simplesmente não damos lições de moral a outros países”.

Outro colega perguntou se era bom premiar a alguém que uma vez chamou de “irmão” a Muamar Khadafi.

Com as devidas desculpas, que foram expressas ao professor e aos colegas, a impaciência argentina me levou a perguntar onde Khadafi tinha comprado suas armas e qual país refinava seu petróleo, além de comprá-lo. O professor deve ter agradecido que a pergunta não citava, com nome e sobrenome, a França e a Itália.

Descoings aproveitou para destacar em Lula “o homem de ação que modificou o curso das coisas” e disse que a concepção da Sciences Po não é de um ser humano dividido entre “uns ou outros”, mas como “uns e outros”. Enfatizou muito o et, e em francês.

Diana Quattrocchi, como latino-americana que estudou e fez doutorado em Paris depois de sair de uma prisão da ditadura argentina graças à pressão da Anistia Internacional, disse que estava orgulhosa de que a Sciences Po dava um título Honoris Causa a um presidente da região e perguntou sobre os motivos geopolíticos.

“Todo o mundo se pergunta”, disse Descoings. “E temos de escutar a todos. O mundo nem sequer sabe se a Europa existirá no ano que vem”.

No Sciences Po, Descoings introduziu estímulos para que possam ingressar estudantes que, se supõe, tem desvantagem para conseguir aprovação no exame. O que se chama de discriminação positiva ou ação afirmativa e se parece, por exemplo, com a obrigação argentina de que um terço das candidaturas legislativas deve ser de mulheres.

Outro colega brasileiro perguntou, com ironia, se o Honoris Causa de Lula era parte da política de ação afirmativa do Sciences Po.

Descoings o observou com atenção antes de responder. “As elites não são apenas escolares ou sociais”, disse. “Os que avaliam quem são os melhores, também. Caso contrário, estaríamos diante de um caso de elitismo social. Lula é um torneiro mecânico que chegou à presidência, mas pelo que entendi foi votado por milhões de brasileiros em eleições democráticas”.

Como Cristina Fernández de Kirchner e Dilma Rousseff na Assembleia Geral das Nações Unidas, Lula vem insistindo que a reforma do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial está atrasada. Diz que estes organismos, assim como funcionam, “não servem para nada”. O grupo BRICs (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) ofereceu ajuda à Europa. A China tem os níveis de reservas mais altos do mundo.

Em um artigo publicado no El Pais, de Madrid, os ex-primeiros ministros Felipe González e Gordon Brown pediram maior autonomia para o FMI. Querem que seja o auditor independente dos países do G-20, integrado pelos mais ricos e também, da América do Sul, pela Argentina e Brasil. Ou seja, querem o contrário do que pensam os BRICs.

Em meio a esta discussão Lula chegará à França. Convém que saiba que, antes de receber o doutorado Honoris Causa da Sciences Po, deve pedir desculpas aos elitistas de seu país. Um trabalhador metalúrgico não pode ser presidente. Se por alguma casualidade chegou ao Planalto, agora deveria exercer o recato. No Brasil, a Casa Grande das fazendas estava reservada aos proprietários de terra e escravos. Assim, Lula, silêncio por favor. Os da Casa Grande estão irritados.

martin.granovsky@gmail.com

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Aonde caiu o satélite da nasa

Guarda Municipal em greve

Os guardas municipais de Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, entraram em greve pouco usual nesta segunda-feira (26). A categoria não cobra reajuste salarial, mas sim respeito.

Os agentes cobram melhorias nas condições de trabalho. Os guardas municipais reclamam de assédio moral dentro da Secretaria de Segurança. Eles também cobram a saída do assessor Vilson Olikszachen.

Em Campo Largo são 32 guardas municipais. Segundo o sindicato da categoria, 20 já teriam cruzado os braços. A Secretaria de Segurança de Campo Largo não se pronunciou sobre a paralisação (com informações rádio Banda B).

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Último desejo

Vamos proteger a industria estrangeira.


DEM vai ao STF contra proteção à indústria automotiva nacional
Partido recorre a uma Adin por considerar que aumento de IPI a estrangeiros é ilegal
São Paulo – O DEM ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o decreto do Executivo federal que aumenta o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados. A medida foi adotada, segundo o governo, para proteger a indústria automobilística nacional. Para o partido oposicionista, a elevação de 30 pontos percentuais é ilegal por não permitir um prazo de adaptação às empresas antes de entrar em vigor.
A Adin, assinada pelo presidente do partido, senador José Agripino Maia (DEM-RN), pede medida cautelar para cancelar os efeitos do decreto imediatamente, enquanto o mérito não for analisado pelo STF. A iniciativa vai no mesmo sentido de ações apresentadas no Judiciário por associações de importadoras de veículos. O partido sustenta que seriam necessários pelo menos 90 dias para implantar a nova alíquota – o decreto estabelece que montadoras com fábricas instaladas no Brasil têm 45 dias para se adaptar, a partir de 16 de setembro.
O DEM vê na medida um “protecionismo com efeito colateral inconveniente”. A alegação é de que a medida prejudica a livre concorrência e irá provocar aumento de preços, mesmo para carros nacionais, porque uma eventual busca maior por peças produzidas no país pode elevar custos, repassados então ao consumidor.
Por qualificar a medida como “protecionismo”, o partido sugere que países de origem de montadoras estrangeiras podem recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a prática. A adoção de barreiras alfandegárias, como taxação diferenciada para produtos importados, é vedada por acordos internacionais que regulam o comércio entre nações.
Analistas avaliam, porém, que isso pode não ocorrer porque as montadoras instaladas no Brasil são multinacionais. Como cabe aos governos abrir processos na OMC, essas companhias teriam de pressionar estruturas estatais para que a movimentação acontecesse. O interesse em garantir vantagens às unidades em funcionamento no país reduziria a disposição a esse tipo de insistência.
O decreto questionado pelo DEM, de número 7567/2011, regulamenta a medida provisória 540/2011. Originalmente, a MP estabelece a redução de IPI para automóveis, para aquecer vendas e rebaixar preços. Com o decreto da semana passada, o abatimento do imposto fica valendo apenas para carros com pelo menos de 65% de componentes produzidos no Brasil ou em países do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Além disso, é necessário que seis de 11 etapas de produção ocorram em fábricas instaladas no país.
O governo considera a medida uma forma de proteção da indústria diante da “guerra cambial” imposta tanto por países desenvolvidos – como os Estados Unidos – como emergentes – no caso da China, por exemplo. Ao desvalorizar artificialmente suas moedas, esses concorrentes conseguem uma vantagem na concorrência internacional.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC defende a medida, que é parte de um novo regime tributário para o setor automotivo, e entende que é positiva por evitar concorrência desleal.
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, lamenta, porém, que o governo tenha deixado de lado medidas de proteção a empregos ou condicionalidades de criação de novos postos de trabalho. Crítica semelhante foi apresentada diante do plano Brasil Maior – conjunto de medidas voltadas ao setor industrial lançado pelo governo no início de agosto.
Com informações da Agência Brasil

Estadão assassina o vernáculo

O Esquerdopata: Estadão assassina o vernáculo:

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Após saga que durou quase oito meses, o deputado Lelo Coimbra (PMDB-ES) finalmente conseguiu as 171 assinaturas necessárias para protocolar proposta que acaba com aposentadorias vitalícias para presidentes, governadores e prefeitos.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

OS VAMPIROS, AS REMESSAS DE LUCRO E A TRAGÉDIA DA DESNACIONALIZAÇÃO

A informação de que as remessas de lucros e dividendos por parte de multinacionais – especialmente do setor financeiro e de telecomunicações – atingiram mais de 34 bilhões de dólares nos últimos 12 meses dá uma idéia da sangria com a qual estamos alimentando - com a nossa força de trabalho e de consumo - nossas ex-metrópoles coloniais, cada vez mais parecidas com um bando decrépito de vampiros lutando para não voltar ao pó.

Essa soma, de 34 bilhões de dólares, representa mais de 60% do total do déficit em conta corrente, que deve passar de 50 bilhões de dólares neste ano, apesar do aumento – que mais uma vez colocou em xeque as agourentas “previsões” dos “agentes” do “mercado” – de mais de 70% no superávit comercial deste ano.

Um caudaloso amazonas de dinheiro, que está indo para o exterior, todos os anos, em troca de absolutamente nada.

De lá, como nos tempos das caravelas, as naus só tem trazido duas coisas:

Espelhinhos, em forma de press-releases, que depois são publicados aqui pelos mesmos enganadores que continuam defendendo, na mídia, que fizemos um excelente negócio entregando para os estrangeiros nossas empresas estratégicas e nosso mercado interno nos anos 90.

E centenas de “técnicos” e “executivos”, que estão invadindo, todas as semanas, nosso mercado de trabalho - ao ritmo de mais de 50 mil licenças expedidas pelas autoridades nos últimos meses - vindos de países em crise que, como é o caso da Espanha, estão com uma taxa de desemprego de mais de 20%.

Isso quer dizer que, enquanto o Brasil luta, desesperadamente, para desvalorizar o real e aumentar as exportações, minadas por um dólar artificialmente baixo, nosso dinheiro vai para o ralo, para salvar da quebra empresas incompetentes de países idem, que só conseguiram aportar aqui nos anos 90, graças a dinheiro subsidiado da União Européia e a financiamentos – pasmem - do próprio BNDES.

Para citar apenas um caso - de uma empresa não necessariamente européia, mas de um país que está hoje com uma dívida de mais de 4 trilhões de dólares, por estar sustentando duas guerras perdidas - a American Southern Energy comprou a Eletropaulo, que tinha centenas de milhões de reais em caixa, com financiamento a juros subsidiados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.

Não satisfeita de botar a mão nesse dinheiro, e de não investir o que devia na expansão da infra-estrutura da empresa, a AES atrasou várias prestações durante o Governo Fernando Henrique Cardoso, a ponto do Governo Lula ter sido obrigado a entrar na justiça em Nova Iorque para recuperar ao menos parte do prejuízo, conseguindo fazer isso com a constituição da Brasiliana, holding que reúne os ativos desse grupo no Brasil, e da qual o BNDES teve de ficar sócio.

E o que ganhamos com o maior processo de esquartejamento, desmonte e desnacionalização da economia brasileira em 500 anos de história, feito a toque de caixa e vendido como a grande panacéia para a situação do país naquele momento?

A dívida líquida praticamente dobrou em oito anos. O dólar estava a quase quatro reais em 2002. No mesmo ano, o salário mínimo valia cerca de 80 dólares. Um saco de arroz chegava a custar 12 reais no supermercado da esquina. A SELIC estava em quase 25% ao ano. Devíamos 40 bilhões de dólares ao FMI. Nossas reservas internacionais líquidas eram de menos de 20 bilhões de dólares. E isso sem contar a dívida externa do setor privado e o que devíamos ao Clube de Paris.

Para completar o descalabro, pagamos, hoje, graças a essas competentes privatizações, as mais altas tarifas do mundo em telefonia celular e internet, segundo pesquisa feita em 187 países pela União Internacional de Telecomunicações.

Agora, cada vez que um brasileiro que cai no conto das multinacionais compra um chip da Vivo, da OI, da TIM ou da Claro, paga uma conta de luz – dependendo da distribuidora – ou faz uma operação bancária com o Santander, estamos mandando esse dinheiro para uma viagem sem volta, com passagem só de ida, para países que na época não tinham nenhuma empresa que pudesse se comparar à Telebras, e que, como desenvolvedores de tecnologia de telefonia celular, eram excelentes produtores bacalhau e azeitonas.

Povos que ostentam uma renda per capita 3 ou 4 vezes maior do que a nossa – o que muitos brasileiros acham uma grande vantagem - mas que tem uma dívida per capita 4 ou 5 vezes superior à sua renda.

Controlados por governos tão competentes e avançados na administração de sua economia que estão agora, com a discutível exceção do México, literalmente quebrados, e dependendo, para continuar em pé, do nosso dinheiro e dos nossos mercados.

E agora, o que fazer para sair dessa armadilha?

Como desmontar mais essa bomba-relógio financeira - a outra é a dos juros - que montaram para nós, alegre e despreocupadamente, nos últimos anos do século passado?

Fazer uma campanha na internet para que os brasileiros consumam com um mínimo de consciência e boicotem produtos e serviços das empresas multinacionais que estão sangrando o país ?

Exigir que parte dessa fabulosa quantia fique no Brasil, onde poderia, não fosse a criminosa irresponsabilidade de quem vendeu a nação a preço de banana, estar gerando renda e emprego para milhões de brasileiros?

Por muito menos, quando se falou em taxar a remessa de lucros das multinacionais, os Estados Unidos promoveram e financiaram o Golpe Militar de 1964.

Criar grandes estatais brasileiras para conquistar ao menos uma parcela desse mercado e segurar parte desse dinheiro dentro do Brasil?

Isso seria um deus nos acuda! Basta ver a reação hidrófoba com que foi brindado o governo quando se falou em colocar a Telebras para trabalhar direto com o público na prestação de serviços de banda larga.

Emprestar dinheiro do BNDES para as empresas de capital nacional, para diminuir o tamanho da sangria?

Isso também não pode, como se viu no caso da OI. Atrapalha a “livre” concorrência. Para os “agentes” do “mercado”, o normal é o BNDES fazer o contrário: emprestar dinheiro para grupos estrangeiros comprarem nossas empresas dentro do Brasil.

O Governo, como sempre acontece, vai ser acusado de estar re-estatizando a economia e interferindo no mercado, como se, no mundo em que a China está prestes a dominar, as maiores empresas não fossem estatais, e cada país não defendesse, descaradamente, os interesses de seus grupos e marcas em seus mercados internos ou no exterior.

Como a questão é urgente – a Nação não agüenta um rombo maior do que esse no balanço de conta corrente no ano que vem - sugiro o caminho mais curto e mais contundente.


Se não for possível aplicar várias dessas saídas ao mesmo tempo, aproveitar a baixa das bolsas para a compra direta de participação nessas empresas, dentro ou fora do Brasil, usando recursos do fundo soberano ou das reservas internacionais, para recuperar ao menos uma parcela dos gigantescos recursos que estão nos seqüestrando, à base de quase 100 milhões de dólares a cada dia.

Não podemos continuar tirando dinheiro do bolso de milhões de brasileiros para sustentar, em Madrid ou Barcelona, a boa vida dos acionistas da Vivo ou as estripulias e as fraudes do Sr. Emilio Botin.

Do Blog do Mauro Santayana

A neblina





Se o engavetamento assustador que parou a Imigrantes quinta-feira tivesse ocorrido numa rodovia federal, logo surgiriam análises vomitando acusações ao governo Dilma. O tratamento cuidadoso da imprensa corporativa justifica-se apenas porque as críticas respingariam no sagrado baluarte estadual demotucano. E mais uma vez a natureza torna-se o algoz útil para ocultar a incompetência das autoridades.

É óbvio que faltou um trabalho eficaz de prevenção, tanto da concessionária Ecovias quanto das autoridades policiais. Uma empresa que arrecada escorchantes R$ 40,20 por veículo que vai e volta do litoral tem obrigação de saber como agir durante um fenômeno comum no sistema Anchieta-Imigrantes. Aquele pequeno apocalipse de lataria retorcida, fogo e desespero não coaduna com a imagem de excelência que se propaga acerca das caríssimas estradas paulistas.

O episódio ajuda a recordar outro foco permanente de tragédias evitáveis a cargo da administração Geraldo Alckmin. Trata-se da SP 55, segmento da Rio-Santos gerido pelo DER-SP. No trecho que liga Bertioga a Ubatuba, chamado “rodovia Dr. Manuel Hipólito Rego”, ocorrem atropelamentos quase diários, vitimando ciclistas e pedestres que moram ou trabalham na região. A falta de investimentos, a fiscalização ineficaz (limitada aos condomínios luxuosos) e a imbecilidade dos motoristas transformaram aquilo numa verdadeira roleta russa, que há décadas o Estado finge ignorar.

Sobram espaço físico e recursos para ciclovias, caminhos, passarelas, redutores de velocidade e acostamentos decentes na saturada SP 55. O que não existe, porém, é respeito pelo contribuinte, em especial o de baixa renda, incapaz de sensibilizar as seguradoras, a mídia, o capital que se apropria das terras litorâneas. Realmente, como pregam os conformistas, tudo se resume a uma simples questão de visibilidade.


GUILHERME SCALZILLI

Historiador e escritor, colabora regularmente com a revista Caros Amigos, o Le Monde Diplomatique, o Observatório da Imprensa e outros veículos. 

Vergonha para a Prefeitura Municipal de Campo Largo

domingo, 18 de setembro de 2011

Meu Amor, Minha Flor, Minha Menina



Zeca Baleiro

Meu amor minha flor minha menina
Solidão não cura com aspirina
Tanto que eu queria o teu amor
Vem me trazer calor, fervor, fervura
Me vestir do terno da ternura
Sexo também é bom negócio
O melhor da vida é isso e ócio
Isso e ócio
Minha cara, minha Carolina
A saudade ainda vai bater no teto
Até um canalha precisa de afeto
Dor não cura com penicilina
Meu amor minha flor minha menina
Tanto que eu queria o teu amor
Tanto amor em mim como um quebranto
Tanto amor em mim, em ti nem tanto
Minha cora minha coralina
mais que um goiás de amor carrego
destino de violeiro cego
Há mais solidão no aeroporto
Que num quarto de hotel barato
Antes o atrito que o contrato
Telefone não basta ao desejo
O que mais invejo é o que não vejo
O céu é azul, o mar também
Se bem que o mar as vezes muda,
Não suporto livros de auto-ajuda
Vem me ajudar, me dá seu bem
Meu amor minha flor minha menina
Tanto que eu queria o teu amor
Tanto amor em mim como um quebranto
Tanto amor em mim, em ti nem tanto


Maxixe Machine - Curitiba

Comunidade escolar protesta contra junção de turmas determinada pelo gov. Beto Richa

O colégio estadual Cecília Meireles vem a público denunciar com veemência contra a atitude do senhor Governador do Estado do Paraná, Beto Richa, no que concerne à junção de turmas dos estudantes, em vigor desde 1º de setembro do corrente ano. A SEED, Secreatia de Educação Pública deste Estado, na pessoa do Sr. Flávio Arns, usando seus chefes de Núcleos Regionais de Educação e respectivas Documentadoras dos Setores, sem ouvir a comunidade escolar tem tomado tal atitude, demonstrando uma postura arbitrária na condução da Educação Pública do Estado do Paraná. Desrespeitando os direitos humanos e as decisões pedagógicas orientadas pela própria SEED para com as criancinhas em seus uso-frutos da respectiva aprenizagem, toda a comunidade escolar foi surpreendida por tal decisão justamente quando se encaminha para os últimos meses do Ano Letivo, o que interfere consequentemente nos resultados a serem alcansados ao final de 2011. A SEED, além disto, desconsiderou as deliberações da Conferência Estadual de Educação em 2010 quando trazia ao debate social a situação do Porte de Escolas, o que define o Governo deste Estado como processo educacional à base de uma simples equação entre quantidade de alunos e alunas por espaço quadrado, esquecendo-se o mesmo que aluno(a) não é mercadoria; mas, deve ser tratado como pessoa que é, em processo de formação no pleno exercício da cidadania. A atitude do Governo do Estado do Paraná frente à Educação Pública requer de todos os pais e mães e/ ou responsáveis por pupilos e pupilas matriculados em escolas públicas uma posição do Ministério Púiblico pela postura de descumprimento ao Calendário Escolar definido no início do Ano Letivo pela SEED (que deveria cumprir e fazer cumprir a organização das turmas aprovadas pela própria SEED), o que nos faz perceber um descompromisso com a Escola Pública de qualidade (assumida pelo Sr Governador ao assinar sua respectiva posse de Governo). Na prática, isto desestabiliza ao que está pedagogicamente organizado e encaminhado pelas escolas e SEED… o que é ruim para os estudantes que perdem muito com que fora estabelecido no seu processo dew Ensino-aprendizagem. Aguardamos, outrossim, a manifestação da APP-Sindicato porque queremos sua posição pública e notória. Curitiba-Pr, 14 de setembro de 2011. Assinam Corpo Docente, Grêmio Estudantil e Associação de Pais/Mães – APMF

JUSTIÇA É SERIAL KILLER DE PROVAS CONTRA RICOS NO BRASIL: FAMÍLIA SARNEY NÃO PODE NEM SER INVESTIGADA, SENTENCIA STF « Educação Política

JUSTIÇA É SERIAL KILLER DE PROVAS CONTRA RICOS NO BRASIL: FAMÍLIA SARNEY NÃO PODE NEM SER INVESTIGADA, SENTENCIA STF « Educação Política:

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Marcos Coimbra: Os equívocos do voto distrital - Portal Vermelho

Marcos Coimbra: Os equívocos do voto distrital - Portal Vermelho:

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Cansei

Cansei dos hipócritas, dos falsos moralistas, dos “espertos”.

Cansei dos que entendem de tudo,

Dos que dão palpites sobre tudo,

Dos que não concluem nada.

Cansei da direita burra

E dos esquerdistas de ocasião.

Dos que não pensam o futuro.

Dos que cultuam o passado.

Cansei da liberdade de opinião

Que esconde a opinião contra a liberdade.

Cansei do fingimento, das mentiras da imprensa,

Dos analistas de fundo de quintal.

Dos que combatem a corrupção nas ruas

E a praticam em casa ou nos escritórios.

Cansei da religião mercantilizada,

Da fé a serviço do dinheiro.

Cansei dos “machões” da Avenida Paulista,

Das feministas da boca para fora,

Dos líderes do mundo ocidental e cristão,

Das celebridades de televisão.

Cansei do “glamour” dos idiotas,

Da sociedade de classes e seus defensores sem classe,

De certos acadêmicos,

Do Salgueiro ou das universidades.

Cansei do culto à boçalidade,

Da falsa ciência,

Da falsa antropologia,

Da falsa filosofia,

E do falso saber.

Cansei dos economistas de botequim,

Dos especialistas em coisa nenhuma...

Cansei dos pênaltis não marcados

Dos resultados arranjados

Dos crimes organizados

Dos telejornais ensebados

Dos âncoras bem maquiados

Dos galãs embolorados

Dos modernismos forçados

Do charlatanismo rebuscado.

Dos supremos tribunais

E seus ínclitos togados

Acima do bem e do mal.

Cansei do Congresso

E de muitos congressistas

Verdadeiros malabaristas,

Equilibristas e ilusionistas

Do tesouro nacional.

Cansei dos juros bancários,

Indecentes, extraordinários,

Dos impostos sonegados,

Dos dinheiros lavados.

Cansei dos ‘reality shows’

Da miséria cultural

Vestida com arrogância

Vendendo gato por lebre

Transformando o cidadão

Num idiota normal

Inoculando o medíocre

Como coisa natural.

Cansei das ‘famiglias’,

Dos lobbies dos bancos,

Dos lamentos inúteis.

Cansei, sobretudo,

Da turma do CANSEI!

Izaías Almada é dramaturgo, escritor e colunista do NR

Brizola Neto, mais uma vítima de Veja - DoLaDoDeLá

Brizola Neto, mais uma vítima de Veja - DoLaDoDeLá:

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Ética e jogo político

DO Oleo do diabo

Milhares de pessoas saem em todo Brasil para cobrar ética na política. O Globo divulga fotos na capa e na terceira e quarta páginas (as áreas mais nobres do jornal). A manchete diz: "Pelo país, protestos contra a corrupção". O subtítulo: "atos foram convocados pela internet".

Quem sou eu para ser contra protestos contra a corrupção?

No entanto, acho curioso que os jornais digam que "os atos foram convocados pela internet" se todos eles divulgaram data, local e até mapas na véspera.

É a mesma coisa que aconteceu em março de 1964. A imprensa fez uma grande campanha de mobilização da sociedade, através da força de seus instrumentos de comunicação de massa; entrevistava autoridades e entidades (as mesmas de hoje: OAB, ABI, Fiesp, Firjan...), que afirmavam apoiar a manifestação e que estariam presentes; e depois dizia que as pessoas haviam acorrido "espontaneamente".

Os órgãos de imprensa, que hoje formam a cabeça do "estamento" político da direita (conforme o conceito de Max Weber), querem associar-se às manifestações de massa para produzirem a impressão de que as suas ideias tem respaldo popular. Mas lhes interessa que essas manifestações não tenham líderes, não produzam organizações civis, que não sejam vinculadas a nenhum movimento social, partido político ou sindicato. Na matéria do Globo, deu-se destaque a hostilidade dos manifestantes a qualquer símbolo de alguma entidade civil organizada.

Quais são as propostas concretas que os manifestantes oferecem à sociedade?

Na verdade, uma manifestação contra a corrupção é como fazer uma manifestação contra a maldade: é uma manipulação da ingenuidade das pessoas.

Tenho me convencido, nos últimos tempos, que a sociedade manipulada pela mídia é inocente. Sinto-me cada vez mais inclinado a ver o que chamamos de classe média conservadora e alienada como vítima. Claro que o egoísmo entra em jogo aqui com muita força. Mas a partir do momento em que a informação disponibilizada para todo um grupo social vem somente de uma fonte, é inevitável que acarrete um processo de homogeneização (no caso, conservadora) ideológica de todo este grupo.

Ora, todos nós somos contra a corrupção. É saudável, da mesma forma, que a sociedade se mobilize para pedir reformas. O lado sombrio dessas manifestações, contudo, é que elas inscrevem-se na campanha sistemática da mídia para satanizar as instituições políticas.

Há muita corrupção no Brasil e ela deve ser combatida. Eu tenho prestado apoio aqui todo meu apoio à "faxina" da presidente, mesmo sabendo que a narrativa das ações governamentais tem sido em grande parte sequestrada por setores midiáticos de oposição. Não tem importância. Em política, assim como nas artes marciais, pode-se usar a força do adversário contra ele mesmo. A mídia quer fazer campanha contra a corrupção? Ótimo. A esquerda política pode dar o drible da vaca e usar isso para, de fato, fazer uma limpeza ética no país, investindo pesadamente em ações da Polícia Federal.

Na última vez que o governo federal fez isso, na era lulista, a mídia pediu arrego, assustada com o desfile de altos empresários, magistrados, políticos, entrando algemados em camburões. A mesma OAB que hoje apoia as manifestações contra a corrupção deu, na época, declarações de defesa aos empresários presos por sonegação de imposto. Não esqueço: presidente e diretores da OAB defendendo as falcatruas das proprietárias da Daslu. Não esqueço: editoriais e mais editoriais contra o "estado policial".

Na minha opinião, portanto, devemos apoiar as manifestações contra a corrupção, mas dar-lhes uma consequência. Vamos ampliar ainda mais a Polícia Federal. Vamos endurecer as leis contra políticos, funcionários públicos e empresários (sim, não esqueçamos os empresários!) envolvidos em prevaricação. Vamos exigir mais transparência nos gastos governamentais, em todas as esferas. Essa é uma agenda importante, até mesmo prioritária, porque se esses desvios não representam muita coisa (percentualmente falando) a nível federal, eles constituem uma verdadeira tragédia nos municípios.

Não há frase melhor para fechar esse post do que um misterioso verso de Arthur Rimbaud:

"Enquanto recursos públicos se evaporam em festas de fraternidade, um sino de fogo rosa soa nas nuvens."

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Anvisa adverte: Veja faz mal à saúde

Por Altamiro Borges, no Blog do Miro



A revista Veja não tem cura. Na edição da semana retrasada, ela estampou na capa o título “O poderoso chefão” e publicou uma “reporcagem” cheia de adjetivos contra o ex-ministro José Dirceu. O seu repórter tentou invadir o apartamento do dirigente do PT e imagens ilegais foram usadas na matéria. A ação criminosa está sendo investigada pela polícia e a Veja está acuada.

Nesta semana, na edição número 2233, a revista preferiu uma capa mais light, talvez tentando esfriar a reação à sua ação mafiosa contra Dirceu. “Parece milagre!” foi a manchete da longa reportagem sobre um novo remédio “que faz emagrecer entre sete a 12 quilos em apenas cinco meses”. Novamente, porém, a revista parece ter cometido outro crime.

Hipoglicemia, náusea e diarréia
Em comunicado oficial, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) imediatamente alertou que o remédio propagandeado pela Veja não deve ser usado como emagrecedor. “A única indicação aprovada atualmente para o medicamento é como agente antidiabético… Não foram apresentados à Anvisa estudos que comprovem qualquer grau de eficácia ou segurança do uso do produto Victoza para redução de peso e tratamento da obesidade”.

Ainda segundo o comunicado, o uso do medicamento para qualquer outra finalidade apresenta “elevado risco para a saúde da população”. O Victoza foi aprovado para comercialização em março de 2010 para uso específico no tratamento de diabetes. A Anvisa informa que foram relatados eventos adversos associados ao medicamento nos estudos clínicos, como dores de cabeça, hipoglicemia, náusea e diarréia. Ela destaca ainda os riscos de pancreatite, desidratação e alteração da função renal e da tireóide.

Propaganda descarada
Como relata Ligia Martins de Almeida, em artigo no Observatório da Imprensa, a revista tem o péssimo costume de propagandear remédios. “Não é a primeira vez que Veja dedica seu precioso espaço para falar de dietas milagrosas… Mas talvez seja a primeira vez que ela usa sua capa para divulgar um produto de forma tão descarada”. Os resultados desta jogada comercial são imediatos.

“O sucesso da matéria pode ser comprovado no site DoceVida, especializado na venda de produtos para diabéticos, que já no domingo trazia a reprodução da capa de Veja com a matéria sobre o remédio. O medicamento, aliás, que só pode ser vendido com receita médica e custa entre 343 e 350 reais nos sites de farmácias especializadas em vendas online… Com a matéria de Veja, certamente a procura – na internet e nos consultórios de endocrinologistas – vai aumentar muito”.

Quem tem culpa no cartório?
“Os pauteiros e editores da revista – felizes com a repercussão da matéria (porque as matérias desse tipo sempre dão excelentes resultados) – não terão qualquer sentimento de culpa se eventualmente se descobrir que os efeitos do tal medicamento podem ser péssimos para quem não tem problemas com glicemia. Até lá, terão mudado os pauteiros e os editores e os próximos poderão discutir o assunto sem qualquer culpa no cartório”.


“O que Veja deixou claro, com essa matéria, é que a responsabilidade da imprensa com os seus leitores nem sempre vem em primeiro lugar. A vontade de causar impacto (ou talvez de atender os interesses de seus anunciantes) às vezes fala mais alto”, conclui Ligia Martins de Almeida, que até pegou leve com a inescrupulosa e ambiciosa famiglia Civita, dona da revista.
O crime não será punido?
Como ensina o professor Dênis de Moraes, no livro “Por uma outra comunicação”, a mídia privada e monopolizada tem interesses políticos e econômicos. Na “reporcagem” contra Dirceu, ela visou desgastar e enquadrar o governo Dilma. Já na matéria sobre o remédio milagroso, os interesses comerciais e publicitários falaram mais alto. Nos dois casos, a revista Veja cometeu crimes.
Será que o laboratório que fabrica o Victoza pagou pela chamativa propaganda na capa da Veja? Ele banca anúncios publicitários na revista? Quais seriam os valores? Existe “caixa-2” no mercado publicitário? Isto não configuraria uma forma de corrupção? Se a saúde da população é colocada em “risco elevado”, não caberia aos poderes públicos tomarem providência contra a revista?

sábado, 10 de setembro de 2011

Pecado Original (Caetano Veloso)


Todo dia, toda noite
Toda hora, toda madrugada
Momento e manhã
Todo mundo, todos os segundos do minuto
Vivem a eternidade da maçã
Tempo da serpente nossa irmã
Sonho de ter uma vida sã

Quando a gente volta
O rosto para o céu
E diz olhos nos olhos da imensidão:
Eu não sou cachorro não!
A gente não sabe o lugar certo
De colocar o desejo

Todo beijo, todo medo
Todo corpo em movimento
Está cheio de inferno e céu
Todo santo, todo canto
Todo pranto, todo manto
Está cheio de inferno e céu
O que fazer com o que DEUS nos deu?
O que foi que nos aconteceu?

Quando a gente volta
O rosto para o céu
E diz olhos nos olhos da imensidão:
Eu não sou cachorro não!
A gente não sabe o lugar certo
De colocar o desejo

Todo homem, todo lobisomem
Sabe a imensidão da fome
Que tem de viver
Todo homem sabe que essa fome
É mesmo grande
Até maior que o medo de morrer
Mas a gente nunca sabe mesmo
Que que quer uma mulher

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Montanhistas são resgatados na Serra do Mar

O Corpo de Bombeiros localizou e chegou até o ponto onde estavam perdidos dois jovens montanhistas, no final da manhã de hoje (quarta). Eles estavam desaparecidos desde o último domingo (4), na região do Pico do Paraná, na Serra do Mar. Durante a tarde de hoje (quarta) eles vão descer o morro, acompanhados pela equipe dos Bombeiros.

O mau tempo na região impede que o resgate seja feito com um helicóptero. Por esse motivo, a descida será a pé. Normalmente este caminho leva em torno de 5 horas. No entanto, as condições do tempo podem fazer a chegada até o solo ser mais demorada. Segundo informações dos bombeiros, os dois jovens estão bem, mas reclamam de muitas dores, cansaço e cãibras.
Os montanhistas ficaram sem comida desde ontem (terça).

Prefeito de Campo Magro consegue liminar e volta ao cargo

O prefeito de Campo Magro, José Pase (PMN), conseguiu uma liminar e voltou a assumir a prefeitura do município. Pase teve o mandato cassado no último domingo, em sessão extraordinária da Câmara Municipal. A alegação da defesa do prefeito foi de que ele só foi notificado sobre a sessão depois do prazo estipulado pela justiça, que é de 24 horas antes. Pase alegou que ficou sabendo da reunião às 2 horas da tarde de sábado, e não às 8 da manhã, prazo máximo, já que a sessão de domingo também foi marcada para as 9 da manhã.

Congresso Cidades Digitais é dia 14 de setembro | Paraná Blogs

Congresso Cidades Digitais é dia 14 de setembro | Paraná Blogs:

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Soninha Francine posou para a revista "Mymag" e falou sobre o período em que foi subprefeita da Lapa e dos rumores sobre sua proximidade com o ex-governador José Serra.
A informação é da coluna Mônica Bergamo publicada naFolha desta terça-feira (a íntegra da coluna está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Prefeito de Campo Magro é cassado

Por seis votos a três, o prefeito de Campo Magro, José Antônio Pase (PMN), foi cassado na noite deste domingo (4). A sessão, realizada na Câmara Municipal, foi tumultuada e começou às 9h deste domingo, terminando por volta das 20h.

O prefeito cassado e seu advogado, Nelson Sguarezi, não estiveram presentes na sessão de julgamento. Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, Pase só irá se pronunciar sobre a cassação quando for notificado.

Pase era acusado de superfaturamento em serviços terceirizados, dispensa de licitações, locação de imóveis e automóveis a preços acima do valor de mercado, entre outras supostas irregularidades.

O vice-prefeito, Carlos Alberto de Oliveira Werneck (PSDB), assumirá a prefeitura no lugar de Pase. “Vou aguardar que me convoquem para eu tomar posse”, disse Werneck. Ele rompeu com Pase em março de 2009 por não concordar com “várias irregularidades na prefeitura”.

domingo, 4 de setembro de 2011

Isso é que é manchete

BA: após ser assassinado, filho de delegado é enterrado

Enfermeiras dos EUA querem taxar operações de Wall Street

Sindicato Nacional das Enfermeiras sai às ruas nos Estados Unidos para defender a criação de uma taxa sobre as operações de Wall Street, destinada a reconstruir a vida do cidadão comum duramente afetada pela crise causada pelo setor financeiro. Sindicato propõe inicialmente um aumento de 350 bilhões de dólares em impostos, “uma pequena taxação de 0,5% sobre as transações de Wall Street com ações, títulos e moedas estrangeiras e derivativos”. Imposto similar já existe em mais de 15 países.

Veja mais AQUI
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Triste ironia. Morador de rua dorme sobre calçada molhada e seu “cobertor” traz a mensagem “aqui tem responsabilidade social”. (Foto tuitada por @DanielFrasson)

Do Escrevinhador



sexta-feira, 2 de setembro de 2011

O mico de Álvaro Dias no Senado


Do blog Os amigos do presidente Lula:

Foi desastrosa a participação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) na audiência pública do Senado Federal, realizada nesta terça-feira, 31, para ouvir o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sobre o Plano Nacional de Banda Larga.

Disposto a confrontar Bernardo sobre o uso do avião “King Air” de propriedade da Sanches Tripoloni, empreiteira que executa o Contorno Norte de Maringá (PR), Álvaro Dias perguntou se no dia 10 de fevereiro de 2011 o ministro teria usado a aeronave para ir a Feira Agropecuária de Cascavel.

— Não, senador Álvaro, não estive na Feira de Cascavel neste ano, até me convidaram, lamentei muito não ter condições de ir — disse Bernardo, acrescentando que esteve lá no ano anterior.

— É isso, 2010, tentou emendar Álvaro Dias, mas Bernardo o interrompeu de novo:

— Em 2010, senador, eu estive lá em um avião da FAB, Força Aérea Brasileira, disse o ministro.

Visivelmente desapontado, o tucano afirmou que considera seu “direito fazer ilações, em seu papel de Oposição. O ministro retrucou: reconhece o papel da Oposição, mas não acha correto que se faça ilações para atacar a honra alheia.

"As pessoas tem de se ater aos fatos, falar a verdade”, disse Bernardo. Ele bateu duro naqueles que plantam notas anônimas nos jornais, valendo-se do chamado "off". Álvaro Dias apressou-se a dizer que não era o autor das notas passadas aos jornalistas, mesmo sem ter sido acusado disso.

O que mais surpreendeu os presentes, contudo, foi o fato de o tucano retirar-se antes de ouvir mais uma resposta do ministro à uma questão que ele havia formulado. Em gesto de má educação, o senador levantou-se e deixou a reunião sem sequer se despedir do ministro.

O “mico” sobre o uso do avião foi o segundo momento de constrangimento do senador. Antes, Bernardo havia mostrado cópia da emenda da bancada paranaense solicitando ao Poder Executivo a realização do Contorno da Rodovia de Maringá. O primeiro signatário da emenda, ou seja, o autor da proposta, é o senador Álvaro Dias.

Antes que a emenda, de 2007, fosse do conhecimento público, o senador tentava atribuir interesse na empreitada apenas a Bernardo para fazer ilações sobre sua honra. Bernardo era ministro do Planejamento quando os recursos orçamentários foram liberados e a rodovia foi incluída no PAC. Acontece que isso só ocorreu porque toda a bancada do Paraná pressionou o governo.

Álvaro Dias saiu desmoralizado da audiência. Bernardo o silenciou com a verdade. E a mídia que serviu de mensageira das falsas notícias? Será que os jornalistas que publicaram inverdades em “off” não deveriam perguntar a si mesmos se as baixas vendas de jornais não estarão relacionadas a essa persistente subserviência aos que usam o anonimato para sabotar os fatos? Afinal, das duas, uma: ou se está a serviço dos velhacos ou ao serviço dos leitores.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Se for crime, puna

Se for crime, puna

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Votação reflete degradação da política

(Editorial)
O Globo

"Não enrubesce a maioria da Câmara, como se viu, concordar com o caviloso argumento de que a cena explícita de corrupção patrocinada por Jaqueline não pode ser considerada como prova, por ela ter ocorrido antes da posse na Câmara (!?).

Nesse caso, qualquer crime cometido até o início de mandato deve ser relevado em processos de quebra de decoro. Trata-se de exemplar primoroso de teorias destiladas num ambiente político sem ética, para jogar no lixo o conceito da Ficha Limpa.

Como em vezes anteriores, os defensores de Jaqueline buscaram apoio com a ameaça de que todo parlamentar com prontuário construído antes da posse poderá um dia ser cassado. A Câmara tenta criar jurisprudência de anistia de crimes, uma excrescência.

A manutenção do mandato de Jaqueline é fruto da degradação da vida pública, aprofundada pelo exercício crescente do toma lá dá cá por parte do lulopetismo.

Como, a partir de 2003, passou a ser executado um projeto de manutenção do poder a qualquer preço, a qualidade da representação política foi ainda mais rebaixada.

Pelo fato de os balcões de negociatas passarem a conduzir parte da vida parlamentar e ditarem a montagem de equipes de governo, a tônica do Congresso passou a ser a do baixo clero.

Um Severino Cavalcanti presidir a Câmara, renunciar para não ser cassado por receber propina e, depois, ser elogiado nos palanques pelo presidente Lula simboliza bem os tempos sombrios que se vive na política brasileira.

A derrota do pedido de cassação de Jaqueline Roriz está coerente com o nível da atual vida pública no país."

Leia a íntegra em Votação reflete degradação da política