Ta lá no blog do Mello
A eleição do Tiririca em São Paulo, com a maior votação do Brasil, ainda encontra explicação. No meu modo de ver, é mais um protesto do eleitor, fruto da desmoralização da representação política no país, em grande parte culpa dos próprios, mas também do porcalismo travestido de jornalismo, com sua cobertura de fofocas e repercussão de escândalos.
O voto no Tiririca é daquele sujeito que não se vê representado pelos políticos, que nem se lembra em quem votou da última vez, que nunca viu pela frente um desses políticos que vivem aparecendo na TV e que surgem de quatro em quatro anos dizendo que fizeram e farão tudo por ele, para depois sumirem novamente e só aparecerem após outros quatro anos. Ou seja, é a lesma lerda, logo "pior do que tá não fica", o simples e genial slogan da campanha do Tiririca.
Agora, e o Alckmin? Como explicar seus 11.519.314 votos, depois de ele ter ficado em terceiro lugar, há dois anos, na disputa pela prefeitura de São Paulo?
Quando se refere ao governo demo-tucano, tudo vai de mal a pior em São Paulo. Mudam as moscas (com a volta de Alckmin, há até uma repetição) e o cidadão paulista é afogado por pedágios e inundado por enchentes que duram meses (!!!), favelas que se incendeiam quase que semanalmente, a educação cada vez pior, confronto entre polícias civil e militar nas ruas, professores desrespeitados e agredidos... E o paulistano ainda quer mais?
Diz o eleitor de Tiririca: - Pior do que tá não fica.
Responde o de Alckmin: - Pior do que tá fica, sim.
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