Ex-integrante da Resistência Francesa contra a ocupação alemã, Jacques Émile Breyton foi preso durante a Segunda Guerra e submetido a torturas numa prisão comandada pelo nazista Klaus Barbie, que passaria para a história como o ”Açougueiro de Lyon”.
Breyton veio para o Brasil em 1957, naturalizou-se, virou industrial e enriqueceu.
No fim dos anos 1960, tornou-se colaborador da ALN, organização guerrilheira comandanda por Carlos Marighella. Bombas chegaram a ser fabricadas em sua empresa.
“Eu considerava o meu novo país invadido pelos militares, como os alemães tinham invadido a França”, disse ao jornalista Mário Magalhães, que reproduziu o comentário em seu (ótimo) livro ‘Marighella – o guerrilheiro que incendiou o mundo’.
Presos, Breyton e sua mulher foram levados para o Dops onde foram submetidos a sessões de tortura comandadas pelo delegado Sérgio Fleury, cúmplice da ditadura brasileira.
Diante de uma pergunta do autor do livro, ele não teve dúvidas em dizer que, nas mãos de Fleury, sofreu muito mais do que nas do carrasco nazista.
“Os verdugos do Dops submeteram Breyton a castigos que ele não experimentara nem nos cárceres de Montluc, na França”, escreveu Magalhães.
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